quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Distância






Às vezes precisamos tomar alguma distância para enxergamos melhor aquilo que está bem próximo dos nossos olhos. Enxergar pelos olhos de alguém para tentar entender a confusão dos nossos sentimentos. Ficamos tão envolvidos em nossos problemas, ou situações rotineiras que não conseguimos pensar com clareza qual o próximo passo a dar.

Às vezes nossas rotinas nos absorvem de tal forma que ligamos o piloto automático das decisões. Vamos deixando de viver e passamos apenas a estar presente em nossas próprias vidas. E, estando presentes assistimos a vida passando. Guardamos de lembrança o que acontece a nossa volta. Colecionamos memórias. Escolhemos não fazer escolhas... Deixamos de acreditar naquilo que nos move. Às vezes chegamos até a odiar!

Às vezes quando nos distanciamos conseguimos ver claramente as não escolhas que fizemos. O resultado delas. Quando conseguimos deixá-las para traz e seguimos em frente é sinal que fomos tão longe que os erros, acertos e as conseqüências ficaram tão pequenos que parecem não ter acontecido. Então a vida pode voltar a seguir seu rumo.

Às vezes essa distância cabe em uma noite de sono. Outras vezes é maior que dias, semanas e até meses. Às vezes precisamos percorrer cidades. Outras vezes essa distância é um recomeço. Quando nos afastamos podemos ser diferentes. Não nos cobramos tanto, não cobramos tantos das pessoas. Sorrimos mais. Nos preocupamos menos. Usamos roupas mais leves. Não usamos maquiagem. E quando voltamos estamos prontos a escolher: continuar sendo quem fomos ou ser outro. Qualquer que seja a escolha deixamos para traz o peso que nos impedia de dar o próximo passo!

27 de julho de 2010
PS: Foto Érica Ramalho

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