sexta-feira, 30 de julho de 2010

BUENOS AIRES BUS

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Todo mundo comenta sobre o nosso sotaque carioca. Do nosso jeito de falar determinadas letras e palavras. Ele foi decisivo para que os meninos me encontrassem na gigantesca fila do Buenos Aires Bus. Nessa época do ano em que nós brasileiros lotamos BsAs quem quer fazer o city tour tem que chegar no máximo até o meio dia no ponto de informações turísticas no número zero da Calle Florida. Senão não consegue comprar o ticket para o passeio pela cidade. E é bom programar alguma coisa para o tempo de espera do ônibus. Eu cheguei à fila dez e pouca da manhã e só consegui comprar para o ônibus das 14h30min. Mais voltando ao sotaque, como a fila estava grande e cheia de brasileiros fui logo me enturmando e como falo pouco o Wellington reconheceu minha voz.


Depois dos bilhetes emitidos fomos para um café. Ninguém tinha comido direito e o frio tinha voltado a incomodar. Depois do almoço fomos andar pela Florida. Paramos em uma loja de DVD e eu comprei um maravilhoso show de tango por inacreditáveis 19 pesos (isso mesmo menos de 10 reais). Mais uma coisa é bom saber sobre o serviço argentino. Eles têm seu tempo. Tanto no café quanto na loja de DVD demoramos a ser atendidos. No café por mais que a gente chamasse a garçonete confirmava que tinha nos visto chamar mais só vinha no tempo dela. E na loja de DVD uma fila com três pessoas que iriam pagar no máximo três itens demorou pelo menos uns vinte minutos. E então já estava na hora do passeio. O Buenos Aires Bus sai dali mesmo de onde são comprados os tickets e logo avistamos a Catedral Metropolitana, a Plaza de Mayo e o Cabildo. Depois percorremos toda a Avenida de Mayo.


O passeio dura cerca de duas horas e quarenta minutos quando não descemos em nenhuma das 12 paradas que ele faz. Custa setenta pesos para 24 horas e noventa para 48 horas. Cheguei a conclusão de que vale a pena comprar o de 48 horas e dividir a programação quando se tem tempo para isso é claro. São muitas informações interessantes. E achei cansativo para se fazer de uma vez só, e olha que praticamente nem desci do ônibus. Mais definitivamente vale a pena fazer esse city tour. Durante o passeio descobri, por exemplo, que a Casa Rosada tem esse tom porque antigamente se misturava o sangue de animais ao cal para impermeabilizar as paredes.


O ônibus também passa pelo Congresso, pelo deslumbrante prédio da secretaria de Agricultura, pela embaixada brasileira, pelo fascinante Puerto Madero, e lá pela Ponte da Mulher (obra do arquiteto espanhol Calatrava) segundo ele a ponte representa uma mulher dançando Tango. A ponte gira 90 graus para permitir a passagem dos navios. A construção levou 12 meses e foi concluída em 2001.







Nossa única parada foi em La Boca. Fomos ver de perto o Caminito. Local onde se instalaram os imigrantes italianos com suas casinhas coloridas. Um charme. Os shows de tango, as pinturas e esculturas dos artistas locais tudo em exposição na rua. Além da venda das lembranças da cidade. Vimos um legitimo Asado Argentino sendo preparado com a parrilla no chão. E estatuas do Maradona e de Evita Perón por todos os lados. Como dizem o Caminito só precisa ser visto uma vez, mas o colorido das casas e a alma dos artistas dalí não vão ser esquecidos. O frio que tinha dado uma trégua nos últimos dois dias voltou a incomodar.









Depois do passeio voltei para Palermo para fazer o check out do apartamento. Nem podia acreditar que já era minha última noite em Buenos Aires. Então fomos jantar no El Potrillo. O famoso restaurante de comida tradicional no incrível Puerto Madero. A decoração nos remete a um matadouro. As mesas são dispostas em uma espécie de baia. Os lustres são pendurados por ganchos como os que penduram o boi para tirar a carne. Mesmo assim o ambiente é incrivelmente agradável.




Os garçons se esforçam para tentar falar algo bem parecido com o nosso idioma. A conta vem inclusive com um recado em bom português para que o cliente confira se está correto e lembrando que os 10% não estão incluídos. Há um tempo o restaurante se chamava La Caballeriza (e ainda hoje é mais conhecido por este nome), mas os sócios brigaram e um ficou com o nome e o outro manteve o ponto e, pelo que dizem tudo exatamente como era antes na cozinha. Resultado: segundo os meninos a carne estava maravilhosa. Eu que só comi a sobremesa – panqueque de Dulce de leche posso dizer que foi uma ótima pedida. Estava simplesmente deliciosa. E o Thiago deixou todo mundo com água na boca com seu super mouse de chocolate, super bem servido. Daria tranquilamente para nós quatro....rs
A noite de despedidas foi deliciosa como nossas sobremesas. Boa comida, boa bebida, boa conversa, ambiente agradável e companhia perfeita. Me diverti muito com as tiradas sinceras do Thiago, com a timidez do Felipe e com a presença do Wellington. Muito obrigada meninos por vocês terem transformado a minha viagem. Por terem me recebido tão bem na viagem de vocês. Por terem sido ótimas companhias. Por terem me ensinado tanto. Toda vez que eu voltar a Buenos Aires vou sentir falta de vocês. Espero que vocês estejam se divertindo muito em Ushuaia! Quando voltarem me mandem as fotos porque na minha máquina não tem nenhuma de nós quatro juntos! E, Thiago meu dia de sorte começou quando eu conheci vocês...

22 de julho de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Jardín Japonés

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O dia estava lindo! O sol esquentava o corpo. Não precisei sair de casa cheia de roupa. Fui cambiar uns reais por pesos antes de ligar para os meninos. Tínhamos combinado de fazer o City Tour no Buenos Aires Bus. Andei as trinta quadras da Avenida Santa Fé e mais algumas da Avenida Del Libertador. Não consegui falar com os meninos e resolvi descansar um pouco conhecendo o Jandín Japonés. Um presente da comunidade japonesa a cidade. No coração de um grande centro urbano a serenidade da cultura japonesa.

O som da cascata, o lago com carpas coloridas, a cerejeira florindo, a ponte sobre o lago, tudo para construir uma atmosfera de tranqüilidade. Dá vontade de passar o dia todo sentindo aquela paz...













Também conheci o jardim zoológico e o jardim botânico, mas esqueci de passar as fotos para o computador e não tinha mais espaço no cartão de memória. Essas fotos também vão ter que ficar para a próxima vez. Depois de tanto andar meu pé estava doendo e com algumas bolhas. Então resolvi voltar para casa e me preparar para mais uma noite de tango. Nós não sabíamos, mas era uma noite beneficente com direito a apresentações. Vimos até o sapato da dançarina voar no gran finale. Pena que meu pé não me permitiu dançar.

21 de julho de 2010

Sorte

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Depois de me render ao tango o dia seguinte trouxe de volta o sol e os passeios de turista. Peguei novamente o subte para o centro. Desci na estação Catedral e fiquei deslumbrada com a visão da Catedral Metropolitana de Buenos Aires. É impossível não ficar maravilhado com a arquitetura do lugar, com os mosaicos no chão, com as esculturas.


Do outro lado da rua a Plaza de Mayo e a Casa Rosada.




No lado oposto a Casa Rosada está o Cabildo. O prédio funcionou como quartel general de onde os revolucionários deram os primeiros passos rumo à independência da Argentina. Este é o ano do bicentenário da Revolução de Mayo. No Cabildo funciona um museu com vários objetos da época, incluindo uma prensa tipográfica.


Saí de lá e continuei caminhando pela Avenida de Mayo sem conseguir deixar de observar as belezas dos prédios com arquitetura francesa. O edifício que hoje é ocupado pela Casa de Cultura foi a sede do jornal “La Prensa”. Ainda não sabia disso quando fiquei hipnotizada pela construção a minha frente. O espanto foi tanto que quase não fotografei. No primeiro andar fica o Salão Dourado, uma cópia de um dos salões do Palácio de Versalles. Impossível descrever. Vou ter que voltar lá para tirar fotos ao lado da estátua de bronze que segura uma tocha e uma folha escrita, como símbolo da liberdade de imprensa.


Andei mais algumas quadras para encontrar os meninos no Café Tortoni. Outra parada obrigatória em Buenos Aires. Quando cheguei tinha fila para entrar. O que não foi um problema já que o dia estava agradável e a companhia também. Sentamos em uma mesinha na entrada do café de onde tínhamos uma visão geral daquela maravilha. A construção de 1858 está inteiramente preservada e não fosse pelas delícias servidas ali poderia facilmente ser um museu.

O café mais antigo de BsAs foi sede da reunião de intelectuais portenhos representados pelas estátuas de Jorge Luis Borges (poeta), Carlos Gardel (cantor de Tango) e Alfonsina Storni (poetisa).


Depois da intensa sessão de fotos continuamos caminhando pela Avenida de Mayo e seu entorno. Quando já estava caindo a tarde e só conseguíamos pensar no tango da noite o Wellington me levou para conhecer as fábricas/lojas de sapatos de Tango.


De lá fomos para um café na Calle Florida y Corrientes. Da nossa mesa a agitação da rua parecia estar em slow motion. Já a nossa conversa rolava em ritmo acelerado. Tínhamos tanto a dizer... Antes de pegar o metro de volta para “casa” resolvemos ir para uma milonga diferente. La Viruta na Associação Armênia. Quando cheguei o Wellington já me esperava devidamente “vestido” com seu mais novo sapato de tango!


“Ele prendeu-a em seus braços
Puxou o corpo dela contra o seu
Olhou-a com profundidade
Com o silêncio do olhar confessou sua paixão

O som forte e poderoso ditava o ritmo da dança
Os corpos dominados pela sensualidade e paixão
Ele comandou o espetáculo
Ela deixou-se levar

Os gemidos do bandoneón argentino guiavam o entrelaçar das pernas
A sedução de cada passo
Olhos fechados, coração disparado, respiração ofegante

O bailado termina em rendição
Dele ou dela? Dos dois
Acorde final
Eles se submetem a paixão pelo tango“



Ainda tentamos jantar no restaurante do club. O garçom não gostou da hora que resolvemos sentir fome. Mais a sorte estava do nosso lado. Na esquina um barzinho descolado. Sanduíches, Marguerita e risadas. E de volta ao tango que a paixão estava apenas começando...
20 de julho de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

BsAs Pasión de Tango

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Ainda chovia e fazia aquele frio de doer em BsAs. Decidi procurar uma escola de tango para fazer um programa diferente. Eu não sabia que isso ia mudar tudo! Começou uma nova viagem...
Peguei o subte para o centro.

Desci na Calle Florida andei algumas quadras até a avenida Córdoba e lá estava a imponente Galeria Pacífico. O edifício foi construído para abrigar um grande supermercado, mas por problemas econômicos nunca chegou a funcionar. Após algumas tentativas frustradas de implementar lojas comerciais no local, o imóvel foi reformado e inaugurado como uma galeria comercial. O centro do edifício é abobadado como iluminação especial para destacar os afrescos pintados no teto. Lindo!



No centro comercial também está localizado o Centro Cultural Borges. E lá a Escuela Argentina de Tango. Onde eu fiz minha primeira aula de Tango.



Eu não imaginava, mas eu ganhei muito mais daquela aula do que aprender alguns passos de Tango... Conheci pessoas especiais que mudaram o rumo da minha viagem!

Ainda no Centro Cultural Borges assistimos ao show Buenos Aires Pasión de Tango. O show é mesmo apaixonante...


Saí de lá ainda mais apaixonada por Tango. Peguei o subte de volta a Palermo para me preparar para o Salón Canning. É uma Milonga freqüentada principalmente pelos argentinos. O Salão praticamente não fica vazio. É um verdadeiro espetáculo. Os pares de dançarinos fazem o salão girar com incríveis cruzadas de pernas. É inacreditável como eles não se batem e encontram os únicos espaços em que os pés podem estar. Mesmo para quem não dança vale a pena ir só para assistir. Foi no Canning que realmente aprendi os primeiros passos do Tango. O Wellington teve muita paciência comigo. E eu tive muita sorte em conhecê-los...

"O Tango é a dança da carne, do desejo, dos corpos entrelaçados. É um diálogo novo, a sedução feita movimento, o ir e o vir, encontro de dois mundos. É um baile exibicionista, freneticamente belo que ronda sem temores o universo do lúdico. O casal de baile roça os seus sapatos entre sensuais carícias enquanto o atónito espectador ocasional, eterno "voyeur", se fascina e deslumbra com o ardor do tácito romance entre os dançarinos", autor desconhecido.

Cheguei em casa às cinco da manhã!
19 de julho de 2010

sábado, 24 de julho de 2010

O COMEÇO DA MUDANÇA DE PLANOS

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Dia de chuva, frio, shoppings e museu em Buenos Aires



No segundo dia da viagem Buenos Aires amanheceu chuvosa e muito gelada. O frio fazia o corpo doer. Tive que mudar completamente meus planos. A idéia inicial era conhecer a feira de antiguidades em San Telmo, mas com a chuva e principalmente com o frio preferi conhecer o Alto Palermo. Um shopping típico para quem tem muito dinheiro. Com suas lojas da Dior, Cacharel, Christian Lacroix e Apple.

Depois de muitas voltas, almoço, luvas novas e um guarda-chuva peguei um taxi para o Malba – Museu de artes latinoamericano de Buenos Aires. Já na entrada me apaixonei pelo lugar.


O Malba é claro, amplo e muito bem cuidado.Para começar, o próprio prédio do museu é uma atração: as paredes de vidro e as clarabóias permitem à área central, de pé-direito altíssimo, receber luz.O prédio também tem um terraço com esculturas, rodeadas por árvores. Uma bela construção. É um museu privado, que foi fundado por Eduardo Constantini em 2001. O colecionador argentino comprou o quadro Abaporu de Tarsila do Amaral por uma bagatela de US$1.500.000. Foi a tela mais cara vendida no Brasil até hoje segundo o site oficial da pintora. No primeiro piso funcionam a bilheteria, um centro cultural com cinema e auditório, um café muito charmoso, uma lojinha e uma livraria que é um escândalo! O segundo piso abriga a exposição permanente como mais de 200 obras. Entre elas os impressionantes: Autorretrato con Chango y Loro de Frida Kahlo, a Festa de São João de Portinari, as mulheres com frutas e cena de rua de Di Cavalcanti entre tantos outros.


No terceiro uma exposição de fotos de uma americano. Particularmente não gostei. Mais a exposição permanente com obras de artistas brasileiros que eu só tinha visto em fotos faz o ingresso de 20 pesos valer muito a pena. As fotos do Robert Mapplethorpe ficam no Malba até o dia 2 de agosto.


Quando saí do Malba ventava tão forte que corri até o shopping que fica atrás do museu. Confesso que nem lembro o nome. Entrei mesmo para fugir do frio. E como dentro do shopping tinha um Carrefour aproveitei para comprar o maravilhoso Dulce de leche Colonial La Serenisima (obrigada Fernanda por me apresentar a essa maravilha).

Voltei para casa, me arrumei e fui conhecer as famosas empanadas do El Sanjuanino.
O lugar é simples e aconchegante. E as empanadas merecem o título que tem de as melhores de BsAs. A fama é tanta que a porta do pequeno restaurante não parava fechada.


Era um entra e sai de gente comprando empanadas a quatro pesos para levar para casa que o aquecimento não dava conta. Então pedi uma sopa de lentilha com carnes para esquentar. Uma delícia! E é claro que também voltei para casa com algumas empanadas para o café da manhã.

Buenos Aires - Primeiras impressões

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Olhando pela janela do avião o sol brilhava forte e o meu primeiro dia em Buenos Aires estava lindo. Mas ao desembarcar o sol que brilhava não estava tão forte e o ventinho gelava o corpo. Ainda assim estava lindo.

Depois de passar pela imigração e receber o primeiro carimbo no meu novo passaporte desembarquei em um verdadeiro formigueiro humano. O saguão do aeroporto de Ezeiza estava completamente lotado. Com o atraso na partida do vôo estava atrasada, com fome e em uma fila enorme para fazer o câmbio no Banco La Nacion (a melhor cotação 2,12 pesos para cada 1 real). E nem parecia que eu estava na Argentina. Para todo lado só se falava português!


Depois de uma hora de espera no La Nacion fui para o guichê da Vip Car. Fui muito bem recebida e atendida. Como estava mais de uma hora atrasada eles localizaram a indicada da BYT Argentina que me receberia no apartamento e fui até o taxi que me levaria ao meu primeiro endereço portenho: Las heras y Bulnes.

No caminho segundo Jorge, o simpático taxista, o campo de treinamento da seleção argentina. Assim como no Rio, em Buenos Aires também tem favela perto do aeroporto. Passamos por dois pedágios. E depois de mais ou menos 35 minutos cheguei a Palermo e a Ana me esperava com o aquecedor do apartamento ligado! Não tenho como descrever a eficiência, a atenção e o ótimo serviço de reserva de apartamentos da BYT Argentina. O apartamento era exatamente o anunciado. Recomendo!

Já instalada fui dar uma volta no quarteirão e procurar alguma coisa para comer. Estava morrendo de fome. Só tinha tomado café da manhã e já eram cinco e pouca da tarde. O frio me impediu de dar a volta completa. Parei no café Volta. Pedi um tostado de Jamon y Queso e um café volta (café com conhaque e creme). O tostado estava uma delícia e o café bem forte com bastante gosto de conhaque.

Na volta para casa parei em um Kiosko. Uma espécie de loja de conveniência que em Buenos Aires você encontra em toda esquina. Comprei água, alfajor Jorgito e sanduíches para o café da manhã. Aliás o alfajor Jorgito custa apenas quatro pesos a embalagem com seis unidades e é simplesmente delicioso.

A noite devidamente cheia de roupa fui jantar no Miranda. Uma parrilla muito bem definida pelos destemperados como Cool. Os garçons são jovens e, em sua maioria, bonitos e estilosos. O ambiente em meia luz e o som do tango eletrônico dão ainda mais charme ao lugar. Ir a Buenos Aires e não comer empanadas não é ir a BsAs. Então de entrada empanadas de lomo. Elas vieram acompanhadas de um molho de pimenta ideal para aquecer o corpo de frio que fazia. O prato principal ojo de Bife com pimentão vermelho e batatas asadas. Pode parecer estranho, mas a combinação da carne com o pimentão era perfeita e o colorido do prato um convite ao pecado da gula. Queria muito comer o crepe de Dulce de leche, mas o tamanho do bife me impediu.




Estava cansada de ter acordado cedo para viajar então voltei para casa e assisti “A procura da felicidade” em espanhol antes de me render aos aconchegantes braços de morfeu.



Miranda
Costa Rica 5602, y Fitz Roy - Palermo
Buenos Aires
Fone: (54 11) 4771.4255
http://www.parrillamiranda.com/
Todos os cartões

17 de julho de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

28D

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Ela estava sentada no meio da sala de embarque tão alheia ao vai e vem e ao barulho que os outros passageiros faziam que nem parecia ali. Ela não conseguia se desprender dos seus planos e anseios para aquela tão esperada viagem. Repassava mentalmente cada detalhe. Não deixava de olhar para o monitor e contar o tempo que faltava para o embarque. Quando a voz no alto falante anunciou o atraso na chegada da aeronave suspirou profundamente.

Enfim iniciado o embarque. Seus companheiros de poltrona eram dois senhores. Para ela o corredor e o ocupante da janela que parecia estar em mais uma viagem rotineira fechou a janela e dormiu. Ela pensou que ele não merecia estar sentado ali já que não queria aproveitar a vista. E imediatamente se repreendeu! Relaxa, desencana, aproveita as férias... E depois de uma decolagem tranquila ela relaxou e também dormiu.

Ao acordar e olhar para janela do outro lado viu que o dia não estava mais chuvoso e cinzento. O sol brilhava forte e as nuvens ajudavam a fazer o céu ainda mais bonito. O comandante Carlos anunciou: três graus em Buenos Aires e a previsão para a noite é de menos cinco graus. Ela se aconchegou em seu casaco e mais uma vez esperou o tempo passar...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Será que dá para mudar?

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Sonhamos com um mundo melhor. Com menos violência, miséria, injustiça e, tantas tristezas que fazem parte do nosso cotidiano. Convivemos, diariamente, com guerras, terrorismo, violências contras crianças, tantos horrores que nem vou enumerar.
Mas acredito que a degradação dos valores do ser humano ainda é o maior dos flagelos da nossa sociedade. A ganância desmedida, a falta de ética nas relações profissionais e pessoais, a deslealdade e até a falta de educação. São tantos valores deturpados....
Acredito que o homem é fruto do meio, e nos dias de hoje minha crença tem-se confirmado. A família que sempre foi o formador do caráter de um indivíduo tem sido substituídas por escolas. Na maioria das vezes sem a menor infra-estrutura para atender as necessidades das crianças.
As relações familiares, aliás, tem perdido cada vez mais espaço para as relações profissionais. Nas novas famílias os laços afetivos entre mães e filhos ou pai e filhos tem, muitas vezes, sido colocados em segundo plano. Primeiro vem a relação com o novo namorado dos pais, depois a convivência familiar.
Estão acabando os almoços e jantares com a família reunida em volta de uma grande mesa. A convivência entre tios, primos, avôs, todos juntos durante o almoço de domingo. Será que quando eu tiver meus filhos ainda vai existir os almoços de família?
Queria que todas as pessoas tivessem a oportunidade que eu tive de ter desenvolvido minha personalidade e meu caráter em meio a uma família estruturada pelo amor e por valores sólidos.
Para transformarmos o mundo em que vivemos o papel da família é fundamental. Porque entendo o mundo como uma enorme rede de relações humanas. E para que nossas relações resultem em bons frutos educação e valores são essenciais. Só assim o mundo poderá ser melhor.

27/10/2009

PS: crédito da foto Érica Ramalho

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Segunda Chance

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Todas essas comédias românticas de Hollywood me fazem questionar se apesar de todas as burrices que fazemos o amor nos dá uma segunda chance. O filme de hoje foi "Três vezes amor". Uma pessoa, três histórias de amor que em algum momento se entrelaçaram. Todos os encontros e desencontros que só a vida real pode trazer. O tempo todo me senti, assim como milhões de espectadores, como Will. Coadjuvante da minha própria história de amor. Enquanto devia protagonizar as mais lindas cenas do meu romance escolhia o caminho mais dramático. Tomava o atalho errado. Foi assim com meu primeiro amor. Será que April esta certa quando diz que não é quem, mas quando?
Toda vez que penso no primeiro amor da minha história me pergunto isso. O filme também me fez pensar se enquanto contamos a nossa história para alguém fica mais fácil achar a solução para os atalhos errados. Quando somos coadjuvantes da nossa própria história e a assistimos enquanto contamos a alguém acabamos enxergando que nosso papel é o de protagonista. Os atalhos errados surgem porque somos condenados a agir. A fazer escolhas. E mesmo quando cruzamos os braços diante das decisões a serem tomadas estamos decidindo. E na maioria das vezes decidindo pelo caminho inverso.
Nem preciso dizer o que foi do meu segundo amor... já o terceiro acho que a vida pode estar me dando uma segunda chance.

20/07/2009

Histórias

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A vida é um amontoado de histórias. As que contamos, as que lemos, as que escrevemos, as que ouvimos e até as que assistimos. E é exatemente delas que quero falar. Das historias que assistimos. Conversas entre amigos, uma ida ao supermercado, a festa do ano, o trabalho. Tudo isso rende boas historias. E outras nem tão boas assim.
Acontece que por medo de nos machucar, muitas vezes, vivemos apenas as histórias dos outros. Durante as conversas entre amigos ouvimos muito mais do que falamos. Nossa cabeça e coração estão cheios dos nossos dilemas, mas escutamos a história do outro e sentimos como se fosse a nossa. Sem riscos. Sofremos com o sofrimento do outro, nada que nos tire o sono, é verdade. Até porque é sempre mais fácil achar solução para o problema dos outros.
Parece que damos uma pausa em todas as histórias que estamos construindo e vamos dar uma olhadinha na dos outros. Assistimos de camarote aos erros e acertos dos outros. E quando voltamos para nossas próprias histórias estamos tão armados que as coisas perdem a graça. Então, damos nova pausa no que estávamos construindo e, de novo, vivemos a emocionante história do outro.
Bolamos sempre finais grandiosos para nossa histórias, talvez, esse seja o motivo de pausarmos tantas vezes a nossa própria construção. Como imaginamos não ser possível chegar ao tão sonhado castelo nos tornamos prisioneiros em fortalezas de outras histórias. Sem perceber que por mais simples que seja a casinha construida a colocação de cada tijolo é o que realmente a transforma no mais belo palácio jamais imaginado...

19/09/2009

Coisa de filme

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Se tem uma coisa que eu sempre me pergunto é: porque um filme ganha o Oscar de melhor filme? ¨Quem quer ser um milionário¨ me deu essa resposta. A simplicidade e ao mesmo tempo a grandiosidade da história me emocionaram.
Outra pergunta que sempre me faço é: será que realmente existe uma amor como o dos protagonistas das histórias do cinema ou é só coisa de filme?
No momento em que vivemos com tanta descrença essa talvez seja uma crença que eu queira alimentar. Nem que seja com o cinema. Todos os dias vamos tocando nossas vidas. Elegendo prioridades. Fazemos escolhas. Mas será que ainda levamos em conta esse tipo de amor nas decisões que tomamos diariamente?
Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece. Esse e muitos outros filmes me fazem, pelo menos, por alguns instantes, acreditar que um amor verdadeiro pode ser real. E que esse amor vence qualquer dificuldade para amar e ser amado.
01/08/2009

Desabafo de uma mulher com TPM

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O funcionamento do nosso organismo, as vezes, nos boicota. Principalmente, em se tratando do organismo feminino. Pelo menos uma semana a cada mês nosso organismo faz, de nós mulheres, seres humanos detestáveis. Diria até insuportáveis. A tão famosa e maldita TPM. Tensão Pré-Menstrual. Porque mesmo temos que passar por isso? Ah, a reprodução humana.
Eu sempre digo que o mundo é contra as mulheres. A responsabilidade pela reprodução da espécie ter ficado a cargo da mulher é a maior prova. O orgasmo feminino funciona quase que exclusivamente para cumprir o dever de procriar. Todos os meses desde a nossa primeira menstruação nosso corpo produz óvulos sedentos pela fecundação. E quando isso não acontece, lá vem a terrível menstruação. Quantas vezes ao longo das nossas vidas seremos abrigadas a passar por isso? Essa é uma conta que nem os matemáticos mais graduados vão saber me responder.
E, finalmente, quando os óvulos forem fecundados passaremos nove meses sem menstruar, mas com muitos outros problemas... Depois que o bebê nascer teremos dias e mais dias de constantes trocas de fraldas e absorventes.
Ser mãe deve ser o sonho de nove entre dez mulheres que eu conheço. E apesar deste texto, eu estou entre as nove que sonham em ser mãe. Mas invejo o homem. Queria produzir óvulos e descartá-los com a mesma facilidade com que os homens descartam os espermatozóides. Assim não precisaria passar por esse tormento mensal.
Odeio ficar toda inchada, com dores de cabeça, nas pernas e nas costas. Sem ânimo de fazer nada. Com a sensibilidade e a irritabilidade a flor da pele. Sem falar no terror das cólicas. Odeio ter que passar por tudo isso. Mas odeio ainda mais ter que fazer as pessoas a minha volta sofrerem com isso também.

06/ 10/2009

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